terça-feira, 14 de julho de 2009

Caio, Clarice e Lygia

Muitos versos do Caio tem me perseguido, alem de minha nova paixão dentro da literatura
Lygia Fagundes Telles, com Ciranda de Pedra um soco a cada página, e Clarice sim Clarice também anda me povoando.

Termino aqui com um trecho de um conto de Lygia:

No mármore do criado-mudo, um charuto que foi queimando sozinho até virar essa casca de cinza guardando a forma antiga. Minhas pernas ainda tremiam e meus olhos estavam inundados, mas a tontura tinha passado. Chego a estender a mão para tocá-la na despedida e nem completo o gesto, Bye, Dolly. Volto para a saleta e vejo a vitrola aberta, a agulha estatelada no meio do disco. Tropeço num cinzeiro e encontro a Maria Antonieta descabeçada debaixo da mesa. Quando a levantei, vi o sangue na minha luva.

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