segunda-feira, 27 de julho de 2009

Resposta

Penso também outra coisa de gente grande: não adianta muito você se enfeitar todo pra uma pessoa gostar mais de você. Porque, se ela gostar, vai gostar de qualquer jeito, do jeito que você é mesmo, sem brilhos falsos

Alguma coisa nesses dias frios

Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde.
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Viver agora, tarefa dura. De cada dia arrancar das coisas, com as unhas, uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. Mas o poço não tem fundo, persiste sempre por trás, as cobras no fundo enleadas na lança.
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terça-feira, 21 de julho de 2009

“A tristeza me recobre
E mando a cerveja goela abaixo
Peço uma bebida forte
Rápido
Para adquirir a garra e o amor
deContinuar!”

sábado, 18 de julho de 2009

Leve DEsespero

Perdido com um maço de cigarros pela mata escura;Algo dentro começa a doer demais, e só.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bolha de sabão

A estrutura da bolha de sabão
Mas e a estrutura? ‘A estrutura’, ele insistia. E seu gesto delgado de envolvimento e fuga parecia tocar mas guardava distância, cuidado, cuidadinho, ô! a paciência. A paixão. No escuro eu sentia essa paixão contornando sutilíssima meu corpo. Estou me espiritualizando, eu disse e ele riu fazendo fremir os dedos-asas, a mão distendida imitando libélula na superfície da água mas sem se comprometer com o fundo, divagações à flor da pele, ô! amor de ritual sem sangue. Sem grito. Amor de transparências e membranas, condenado à ruptura.

Caio, Clarice e Lygia

Muitos versos do Caio tem me perseguido, alem de minha nova paixão dentro da literatura
Lygia Fagundes Telles, com Ciranda de Pedra um soco a cada página, e Clarice sim Clarice também anda me povoando.

Termino aqui com um trecho de um conto de Lygia:

No mármore do criado-mudo, um charuto que foi queimando sozinho até virar essa casca de cinza guardando a forma antiga. Minhas pernas ainda tremiam e meus olhos estavam inundados, mas a tontura tinha passado. Chego a estender a mão para tocá-la na despedida e nem completo o gesto, Bye, Dolly. Volto para a saleta e vejo a vitrola aberta, a agulha estatelada no meio do disco. Tropeço num cinzeiro e encontro a Maria Antonieta descabeçada debaixo da mesa. Quando a levantei, vi o sangue na minha luva.
“Eu não sei. Eu sei fingir que sei. Eu finjo bem. Eu finjo tanto que quase acredito. Envolvo minhas mentiras e meus fingimentos pra conseguir ser feliz com o pouco que sei que vou receber. E se vier mais? Eu me desconserto.”

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Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.

Solitario apenas

:
“A tristeza me recobre

E mando a cerveja goela abaixo

Peço uma bebida forte

Rápido

Para adquirir a garra e o amor de

Continuar!”

Poeira....

“Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo porque não aguenta o fato de estar sozinho.

....


Um soco fundo no estomago.

Versos em uma noite suja

À duração da minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante:reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios..."
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Uma lira nula,reduzida ao puro mínimo,um piscar do espírito,a única coisa única.

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Cansado

Não tenho feito muita coisa, so lendo, escrevendo poucas linhas, e fumado quase sem parar,

ferias entediantess!!!!